quinta-feira, 20 de junho de 2013

BANDEIRA

A bandeira municipal de Curitiba é um dos símbolos oficiais do município, ao lado do brasão e do hino, e foi oficializada por força da lei ordinária municipal nº 2.993, de 11 de maio de 1967. A bandeira de Curitiba pode ser reproduzida em bandeirolas de papel nas comemorações de efemérides, obedecendo-se sempre seus módulos e cores.



Descrição

Seu desenho consiste em um retângulo de proporção largura-comprimento de 7:10. Ela é oitavada, em cor verde, formando as oitavas (figuras geométricas trapezoidais), compostas por oito faixas vermelhas carregadas de sobre-faixas brancas, dispostas duas a duas no sentido horizontal, vertical, em banda e em barra, que partem de um retângulo branco central, onde o brasão municipal é aplicado.
De acordo com as regras vexilológicas, nas reproduções, a bandeira possui as dimensões oficiais adotadas para a bandeira nacional, levando-se em consideração sete módulos de altura por dez de comprimento.

Simbolismo

Cada um dos elementos e cores da bandeira possui um significado próprio:
  • Brasão colorido: governo municipal, composto pelos poderes executivo e legislativo.
  • Retângulo branco: capital do Paraná e cidade-sede do município.
  • Faixas colaterais e cardeais, brancas com frisos vermelhos: o poder municipal, que trabalha em todo o território municipal.
  • Oitavas verdes: propriedades rurais que existiram no território municipal.

HISTÓRIA DE CURITIBA

  
       Era uma região de floresta exuberante onde reinavam as araucárias. Os nativos tupi-guaranis, que a habitavam região, referiam-se a ela como Curii Tiba, que pode ser traduzido como pinheiral.

       No início da Era Cristã, o Planalto Curitibano era habitado por povos ceramistas de tradição Itararé. Casas subterrâneas, encontradas em sítios arqueológicos nos arredores de Curitiba, mostram a adaptação dos nativos às condições adversas do clima, como os ventos frios.

       Por época da chegada dos portugueses ao Brasil, o Planalto Curitibano era ocupado por grupos das famílias lingüísticas Jê e Tupi-Guarani.

As primeiras décadas do século 16 marcaram o início de uma guerra de conquista dos europeus contra os povos indígenas que habitavam os planaltos do Sul e Sudeste do Brasil. Eram expedições portuguesas e espanholas em busca de metais e pedras preciosas e índios para escravizar.

       Existem relatos de que os campos de Curitiba foram descobertos pela expedição de Pero Lobo, em 1531. Essa expedição bandeirante partiu de Cananéia em busca de ouro e prata na região dos Incas, seguindo uma trilha indígena que passava pelos arredores da atual cidade de Ponta Grossa. A expedição acabou sendo dizimada pelos índios guaranis, nas proximidades de Foz do Iguaçu, durante a travessia do rio Paraná

       Em meados do século 16, surgiram as primeiras informações da existência de minas de ouro nos campos de Curitiba, atraindo os primeiros garimpeiros para a região. Em 1649, Ébano Pereira, capitão das canoas de guerra da Costa do Sul, comandou uma expedição exploratória para subir os rios e atingir o planalto em busca de ouro. Para isso, recrutou pessoal na Vila de Nossa Senhora do Rosário de Paranaguá. Estabeleceram-se, inicialmente, na margem esquerda do rio Atuba, entre os atuais bairros de Vila Perneta e Bairro Alto. Posteriormente, mudaram-se para um local às margens do rio Ivo, atual centro de Curitiba.

       Em 1668, foi autorizada a instalação do pelourinho no povoado. Contudo, as autoridades públicas não foram eleitas para a instalação da justiça. Isso era necessário, pelas leis da época, para que o povoado passasse à condição de vila.

       A primeira eleição de autoridades públicas somente aconteceu em 29 de março de 1693, promovidas pelo capitão-povoador Matheus Leme. O povoado passou, então, à categoria de vila, Vila de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais. A vila passou a se chamar Vila de Curitiba em 1701, já com 1.400 habitantes. Desde 1906, a data de 29 de Março de 1693 é adotada oficialmente como a data de fundação de Curitiba.

       No início do século 18, caravanas de tropeiros abriram o caminho para o transporte de gado desde o Rio Grande do Sul, até a baixada paulista e os campos de Minas Gerais. Nesse trajeto passava-se por Curitiba, impulsionando o comércio da região. Curitiba ultrapassou Paranaguá em importância, assumindo a sede da Comarca, em 1812.

       Em 1842 a vila passou à categoria de cidade. O Paraná era, então, uma comarca de São Paulo. Sua emancipação para província do Paraná, se deu em 19 de dezembro de 1853, Curitiba tornou-se, então, a capital da província em 26 de julho de 1854, com 5.819 habitantes.

     A partir do século 19, Curitiba passou a receber uma grande quantidade de imigrantes europeus e asiáticos, transformando a cidade em muitos aspectos.





Paisagem de Curitiba de 1827 (Coritiba). Aquarela sobre papel de Jean-Baptiste DeBret. Segundo o falecido historiador paranaense Newton Isaac Carneiro, este é o mais antigo registro iconográfico da cidade. O panorama teria sido tomado da antiga Igreja do Rosário dos Pretos, onde um trabalhador negro desbasta uma laje durante uma reforma do templo. A Igreja Matriz (ao centro) e a Igreja da Ordem ainda não possuíam torres.
A vila teria, na época, cerca de 5.000 habitantes.

A HISTÓRIA DO PLANEJAMENTO URBANO EM CURITIBA



       O primeiro plano urbanístico de Curitiba foi instituído em 1783, quando a Câmara de Vereadores da época determinou o traçado das ruas, disciplinando a localização das novas construções. Em 1886 construiu-se o Passeio Público, o primeiro parque de Curitiba, reunindo conceitos de  preservação ambiental, saneamento e lazer.
        Em 1895 surgiu o primeiro Código de Posturas de Curitiba, que regulamentava aspectos de conduta e higiene. A partir de 1903 institui-se a  hierarquização de usos do solo.
       Na década de 1910 as ruas do centro foram pavimentadas com paralelepípedos e os bondes, até então puxados por mulas, foram substituídos pelos de tração elétrica, trazidos da França.
       Na década de 1940, o urbanista e arquiteto francês Alfredo Agache, fundador da Sociedade Francesa de Urbanismo, elaborou um plano amplo para uma nova ordenação do espaço urbano de Curitiba. Resultaram, desse plano, as grandes avenidas, como a Visconde de Guarapuava, a Marechal Floriano Peixoto e a Sete de Setembro. O plano também indicava uma área para o Centro Cívico, iniciado em 1952, o Centro Politécnico e o Mercado Municipal.
       Em 1955 surgiu o primeiro plano de transporte coletivo, dividindo-se a cidade em áreas de concessão para empresas privadas de transporte.
       Nos anos 60, urbanistas da Universidade Federal do Paraná encaminharam à Prefeitura uma proposta de plano diretor para Curitiba. Após amplo debate o Plano Diretor foi aprovado, mas iniciado somente em 1971, na gestão do prefeito e arquiteto Jaime Lerner. Foram, então, instituídas, por exemplo, as ruas exclusivas para pedestres (calçadões), a integração do transporte coletivo e o emprego de canaletas exclusivas para ônibus. O fechamento de parte da Rua XV de Novembro ao tráfego de veículos, em 1971, foi a primeira iniciativa desse tipo no Brasil. Esse trecho é conhecido hoje como a Rua das Flores, e inclui a av. Luiz Xavier.



Foto de Curitiba antigamente

MAPA DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DE CURITIBA




PLANO AGACHE



      Ideias originais saíram das pranchetas e ganharam vida em Curitiba. Aliar inovação a efetivas implantação e continuidade foi o diferencial da capital paranaense.

       Falar de Curitiba costuma causar um certo frenesi quando se está em qualquer lugar fora do Paraná – ainda mais se o interlocutor não conhece a cidade. De pronto, começa a série de perguntas sobre a “cidade dos tu­­bos”, o funcionamento do transporte coletivo, as vias exclusivas, os ônibus “minhocões-semi-me­­trôs”. Como explicar tantas “ferramentas” urbanas inovadoras? Curitiba, na verdade, é o resultado de todos os planos urbanísticos, junto com seus atropelos, erros, desvios e acertos, num continuo processo de desenhamento e redesenhamento da cidade.
        De uma maneira ou de outra, a cidade já vem sendo “riscada” desde 1800, com iniciativas de revisões de zoneamento e leis esparsas. Em 1943, porém, com o Plano Agache é que a cidade vê nascer formalmente seu pjanejamento urbano.

       O plano polêmico, de influência francesa, desenhava a cidade a partir de círculos concêntricos e grandes avenidas radiais, perimetrais e diametrais – as avenidas Kennedy, Nossa Senhora da Luz e Wenceslau Brás são resquícios dessa época – e a importância do carro passa a ser levada à maxíma potência, numa tentativa de preparar a cidade para um futuro com vias para lá de motorizadas. Foi o Agache também que lançou as bases para a setorização de Curitiba, com a reserva de áreas para o Centro Cívico, Centro Desportivo (no Tarumã), a Cidade Universitária (onde hoje se localiza o Centro Politécnico) e área industrial (no Rebouças).

       O plano francês, porém, não conseguiu romper por completo a barreira das pranchetas em solo curitbano. “O plano [Agache] previa estruturas grandiosas para a época com uma projeção do futuro, mas não teve uma construção efetiva”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc), Cléver Teixeira de Almeida.

       “O Agache era bonitinho, mas não resultou em quase nada. Ele era grandioso, excessivo, irreal”, comenta o professor de Teoria da Arquitetura da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e da Universidade Positivo (UP) e autor do livro Nenhum Dia sem uma Linha: uma História do Urbanismo em Curitiba, Irã Taborda Dudeque.

       Foi o plano diretor de 66, revisado em 2004 para adequação ao Estatuto das Cidades, na verdade, que lançou as diretrizes para a capital paranaense, que são seguidas até hoje e que dão, de forma geral, a “cara” que Curitiba tem. “Curitiba vivia um processo de crescimento desordenado com êxodo rural. A cada dez anos duplicava a população. Era preciso se antecipar aos problemas”, conta Cássio Taniguchi, ex-prefeito e atual secretário de planejamento do estado, ao referir-se ao contexto da época de elaboração do novo plano.

       O tal novo plano, elaborado a partir das ideias concebidas em 65 por Jorge Wilheim e pela  ]empresa Serete e detalhado em seguida pelo Ippuc, ao contrário do Agache, previa uma linearização para a cidade, que permitia induzir o crescimento ao longo de eixos estruturais de maneira ordenada. “Era outra filosofia. Com esse modelo, Curitiba se adiantava levando estrutura [aos eixos], promovendo um crescimento ordenado”, comenta Almeida. “A Linha Verde, por exemplo, é um resultado desse processo”, explica.

       Para traçar as linhas mestras do plano, Wilheim estudou os caminhos indígenas. A partir dos achados, conseguiu determinar para onde a cidade crescia. E foram esses locais os determinados para receber os eixos estruturantes. “O plano propunha que se incentivasse séculos de uma tendência já consolidada”, observa Dudeque.

       Nos eixos extruturais, o plano Wilheim previu vias exclusivas para ônibus, vias locais com uma pista de cada lado, além de três pistas rápidas de cada lado. Na hora de implantar o sistema trinário, ao invés de fazer grandes desapropriações, veio a sacada curitibana: dividir o sistema e livrar-se de uma avenida larga e árida para a vida de uma cidade. O resultado é o que hoje encontra-se por todos os lados na cidade: uma via exclusiva para ônibus com vias locais e vias rápidas alocadas a uma quadra de distância de cada lado do eixo principal. Estava concebida uma das marcas curitibanas.

       Daí para frente mais inovações se somaram fazendo a cidade entrar na vanguarda do planejamento urbano, como, por exemplo, um sistema de ônibus que funciona nos moldes de um metrô – com estações de embarque em nível e pagamento antecipado da passagem – , mas claro, com preço infinitamente mais barato.

       Além de colocar o transporte coletivo como principal ator do planejamento urbano da cidade, ao contrário do que fazia o Agache, o plano de 65 também passou a dar vez para o pedestre. Foi a partir de suas diretrizes que o poder público resolveu fechar para carros a rua mais importante da cidade, transformando a XV num grande calçadão. Medida polêmica na época, mas é impossível hoje imaginar a cidade sem a Rua das Flores.

       Para entender como o plano de 65 fez de Curitiba o que a cidade é hoje, o arquiteto e urbanista, ex-prefeito de Curitiba e ex-governador do Paraná Jaime Lerner indica um exercício simples. “É só tentar imaginar a cidade sem as estruturais, sistema expresso, parques.”

       Outra sacada do plano de 65 foi investir no mix em vez de na setorização propagada por Agache. “Você tem trabalho, moradia, lazer, recreação, tudo perto. O modelo de suburbanização americana é o fim da picada. A cidade compacta é a melhor alternativa e Curitiba é uma cidade compacta”, diz Taniguch.




SISTEMA DE TRANSPORTE COLETIVO


O eficiente sistema de transporte coletivo de Curitiba foi implantado nos anos de 1970, buscando baixo custo operacional e serviço de qualidade para o transporte em massa. Esse sistema, um tipo de metrô de superfície, inclui canaleta exclusivas para o transporte coletivo da linha direta, os ligeirinhos, as 351 estações-tubo e os ônibus biarticulados com capacidade pata 270 passageiros. Possui tarifa integrada, permitindo deslocamentos por toda a cidade com a mesma passagem.

terça-feira, 18 de junho de 2013

PONTOS TURÍSTICOS DA CAPITAL

Cidade marcada pela imigração polonesa e pelo planejamento urbano, Curitiba chama a atenção pelo cuidado com o meio ambiente. A preocupação aparece na quantidade de parques e jardins espalhados pela cidade, onde a população aproveita para tomar um banho de sol, conversar e levar os cachorros para passear. Para aproveitar bastante a cidade, confira a seguir algumas curiosidades sobre pontos turísticos que você não pode deixar de visitar.

Museu Oscar Niemeyer


O Museu Oscar Niemeyer, antes sede de secretarias estaduais, hoje abriga obras de grandes artistas brasileiros, como Tarsila do Amaral e Candido Portinari. Situado no Centro Cívico de Curitiba, próximo ao Bosque do Papa, o local atrai turistas pelo planejamento e design inovadores. Anexado ao edifício principal há o Olho, considerado uma das obras-primas de Niemeyer, espaço também utilizado para receber exposições.


Jardim Botânico


Um dos principais cartões-postais de Curitiba, o Jardim Botânico chama a atenção devido à beleza dos gramados e à arquitetura em art nouveau da estufa, marcada por três abóbadas e inspirada em um palácio de cristal londrino do século XIX. Dentro do espaço fica o Museu Botânico de Curitiba que possui um herbário de 310 mil espécies. No Jardim há um bosque de araucárias, um lago, quadras esportivas e um velódromo.



Ópera de Arame


Perto do Espaço Cultural Paulo Leminski fica o teatro Ópera de Arame, símbolo da arquitetura curitibana. Com telhado de policarbonato transparente, a construção foi inaugurada em 1992 no Parque das Pedreiras. Com capacidade de 1.648 lugares, teve como primeiro espetáculo encenado a peça Sonho de uma Noite de Verão, de Shakespeare. O tempo de construção foi curtíssimo: apenas 75 dias. No caminho para o teatro os visitantes atravessam uma ponte que fica sobre um lago.



Boca Maldita


Situada na Rua das Flores, a Boca Maldita é um calçadão que virou ponto de encontro na cidade desde a época da ditadura militar. Uma manifestação ocorrida na Boca Maldita marcou a cassação do governador Haroldo Leon Peres. Os frequentadores assíduos do calçadão fundaram um grupo denominado “Cavaleiros da Boca Maldita” que, anualmente, se junta para oficializar a entrada de novos membros. Ao longo da rua, espalham-se bares, cafés e bancas de revistas.

BANDEIRA







O círculo azul representa o céu com o Cruzeiro do Sul, constelação em forma de cruz que só é avistada na parte sul da Terra. Os ramos simbolizam a mata de araucária e a erva-mate, comuns no estado; o branco é a paz, e o verde representa as matas.

CATEDRAL DE MARINGÁ


A Catedral de Maringá, é o décimo monumento mais alto do mundo e o segundo da América do Sul. Sua altura é de 114m, mais 10m com a cruz, totalizando assim 124m de altura, toda contornada por espelho de água com fontes luminosas e chafarizes que jorram água à 5m de altura. É um projeto moderno e arrojado feito pelo arquiteto José Augusto Belluci.

PARQUE VILA VELHA - PONTA GROSSA


Um dos mais importantes pontos turísticos do Paraná, o Parque Estadual de Vila Velha localiza-se no município de Ponta Grossa, no km 515 da BR-376 (rodovia Curitiba-Foz do Iguaçu), a 80 km de distância de Curitiba.

A lenda indígena

Para os índios, o local onde hoje estão localizados os arenitos de Vila Velha havia sido escolhido para ser a terra dos homens. Nele foi enterrado um tesouro, protegido pelos melhores índios de todas as tribos (os apiabas). Eles contavam com a proteção de Tupã, mas eram proibidos de ter contato com as mulheres.
O índio Dhui foi escolhido para ser o chefe dos apiabas, mas ele tinha atração pelas mulheres. Sabendo disso, as tribos rivais enviaram a índia Aracê Poranga para seduzi-lo. Os dois se apaixonaram. Aracê levou para Dhui uma taça de licor; os dois beberam e deitaram-se à sombra de um ipê.
Tupã, furioso, fez com que um terremoto destruísse a terra dos homens, que virou a cidade de pedra (Itacueretaba). Aracê e Dhui foram petrificados um ao lado do outro, assim como a taça, que se tornou o principal cartão-postal de Vila Velha. O tesouro, liquefeito, transformou-se na Lagoa Dourada.

A origem geológica

Acredita-se que Vila Velha tenha começado a se formar há 300 milhões de anos, antes da separação dos continentes. A região foi um oceano e, durante as glaciações, foi coberta de gelo. O derretimento do gelo, ao arrastar depósitos de rochas, causou a deposição dos sedimentos que, lavados pelos rios e pelas chuvas, formaram os arenitos (areias vermelhas) que compõem o conjunto. O processo de erosão do substrato arenoso nos últimos dois milhões de anos (causados pela ação conjunta do sol, chuva, ventos e atividade orgânica) deu origem às formas atualmente existentes, que sofrem alterações contínuas até hoje.

Furnas e Lagoa Dourada

A região possui diversas furnas – poços de desabamento, ou depressões circulares de formação natural, das quais as mais profundas são inundadas.
As furnas formaram-se por meio da infiltração de água pelo solo através de fraturas do arenito, que é poroso. Ao longo do tempo, a água infiltrada acumulou-se em cavidades subterrâneas. O aumento do volume de água causou o avanço das cavidades subterrâneas em direção à superfície e o desabamento do arenito, formando um poço profundo.
São conhecidas quatorze furnas na região, das quais seis encontram-se no Parque Estadual e duas são abertas para visitação. A Furna 1 possui um elevador que desce até o nível da água. Inaugurado em 1981, o elevador encontra-se inoperante por questões ambientais e de segurança. A Furna 2 possui diâmetro maior, pois foi formada pela união de duas furnas. A parede que as mantinha separadas ruiu devido à erosão.
A Lagoa Dourada formou-se pelo mesmo processo das furnas e foi assoreada. Seu nome deve-se à coloração dourada das águas causada pelos raios do sol. Possui um canal de ligação com o Rio Guabiroba e serve de refúgio para a reprodução de diversas espécies de peixes.


 

segunda-feira, 17 de junho de 2013

CATARATAS DO IGUAÇU


A palavra Iguaçu significa "água grande", na etimologia tupi-guarani. As Cataratas são formadas pelas quedas do rio Iguaçu. Dezoito quilômetros antes de juntar-se ao rio Paraná, o Iguaçu vence um desnível do terreno e se precipita em quedas de até 80 metros de altura, alcançando uma largura de 2780 metros. Sua formação geológica data de aproximadamente 150 milhões de anos, porém a formação do acidente geográfico das cataratas se iniciou a aproximadamente 200 mil anos.

O rio Iguaçu mede 1200 metros de largura acima das cataratas. Abaixo, estreita-se num canal de até 65m. A largura total das Cataratas no território brasileiro é de aproximadamente 800m e no lado argentino de 1900m. A altura das quedas varia de 40 a 80 metros.Dependendo da vazão do rio, o número de saltos varia, atingindo um numero superior a 100 nos períodos de média vazão.

A vazão média do rio fica em torno de 1.500 m3 por segundo, variando de 500 m3/s nas ocasiões de seca a8.500 m3/s nas cheias.O volume maior de água ocorre entre os meses de outubro a março.

Os principais saltos são 19, cinco deles do lado brasileiro (Floriano, Deodoro e Benjamin Constant, Santa Maria e União) e os demais no lado argentino. A disposição dos saltos, com a maior parte deles no lado argentino e voltados para o Brasil, proporciona a melhor vista para quem observa o cenário a partir do Brasil. 

Globo Repórter sobre as águas da bacia do Rio Paraná em HDTV.
Um sobrevoo incrível de balão por sobre as Cataratas do Iguaçu e as curiosidades e mistérios da região. Acesse o link:

http://www.youtube.com/watch?v=JTYFzAs-dVg

  

Este é um mapa do Estado do Paraná que mostra nossas principais cidades.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

UM POUCO SOBRE A HISTÓRIA DO PARANÁ

       Quando os colonizadores europeus chegaram na região do Paraná em busca de madeira de lei, encontraram com diversas tribos indígenas. Foi inclusive dos índios que veio o nome do estado, que significa em guarani “rio caudaloso”. Com o passar dos anos, estes colonizadores ocuparam pouco a pouco as terras que pertenciam aos índios, mas a colonização aconteceu somente em 1660.
       Devido ao Tratado de Tordesilhas, o Paraná pertencia aos espanhóis que ocupavam trechos do interior da região. A primeira vila á ser fundada pelos colonos espanhóis, foi a Vila de Paranaguá. Os portugueses também se expandiam, mas ao contrário dos seus vizinhos, ocupavam terras a partir do litoral, pressionando os espanhóis que acuados, se viram obrigados a mudar a sua rota de expansão em direção ao Paraguai.
       Com as Capitanias Hereditárias, a região foi dividida em quinze lotes. A região do estado do Paraná pertencia a Capitania de São Vicente, de Martin Afonso de Souza que inclusive criou o primeiro engenho de açúcar no país.
       Contudo, os portugueses e paulistas iam para a região atrás de ouro e também para escravizar os índios que se encontravam por ali. Grandes entradas bandeirantes acabaram com Reduções Jesuítas e escravizaram índios para serem vendidos para outras capitanias.
       Logo, o interesse pelo ouro na região do Paraná diminuiu devido ao crescimento da exploração do ouro em Minas Gerais. As famílias ricas que habitavam a região iniciaram um novo meio de conseguir gerar lucro e passaram a investir em criação de gado nas fazendas. A economia ficou baseada na pecuária. Como as grandes criações de gado estavam localizadas no Sul do país, foi aberto um caminho, chamado de Caminho de Viamão, que ligava a Vila de Sorocaba ( São Paulo) até Viamão (Rio Grande do Sul), com a finalidade de transportar o gado.
       O gado era levado pelos tropeiros, que passaram a povoar os locais de parada, dando inicio a novos municípios, atualmente formam um roteiro turístico chamado de a Rota dos Tropeiros.
       A Revolução Farroupilha, que aconteceu de 1835 a 1845, no Rio Grande do Sul, afetou também o Paraná.   O objetivo era separar o Sul do resto do país. Mas o principal movimento foi a Revolução Liberal que estourou em São Paulo, em 1842. As comarcas que hoje pertencem ao Paraná garantiram que não iam apoiar os revolucionários gaúchos, que ficariam neutros em troca da sua emancipação. No dia 29 de agosto de 1853, foi criado o Paraná. Mas foi nomeado um estado somente em 1859. Curitiba que havia sido fundada no início da colonização, passou a ser capital em 1854.
       Em 1870, foram trazidos os primeiros imigrantes para a região. Os alemães, italianos e poloneses passaram a povoar o estado, se dedicando as atividades agrícolas e artesanais. Em 1880, houve a abertura de estradas e rodovias, acelerando a ocupação. Nessa mesma época, a erva mate passou a ser o principal produto produzido na região. A produção de café e a exploração de madeira também tiveram um papel importante no crescimento da economia.

Fontes:
http://www.paranaturismo.com.br/historia.asp
http://www.pampasonline.com.br/Terrasdosul/historiapr.htm
http://tcch.vilabol.uol.com.br/historia_do_parana.htm
http://transamerica.tv.br/index.php/Culltura/Historia-do-Parana.html
http://www.topgyn.com.br/conso01/parana/conso01a01.php

UMA VISÃO GERAL


O estado do Paraná localiza-se no sul do país, sendo que sua área é de 199.314 km². Os limites do estado são os seguintes: 

Norte e Nordeste – São Paulo.
Sul e Sudeste – Santa Catarina.
Leste – Oceano Atlântico.
Oeste – Paraguai.
Noroeste – Mato Grosso do Sul.
Sudoeste – Argentina.

O relevo paranaense é dividido em cinco regiões, de acordo com suas especificidades.
Planície litorânea – é a região do litoral, entre o oceano atlântico e a serra do mar. São destaques dessa região as cidades de Paranaguá (onde fica o porto), Antonina, Morretes, Guaratuba e Matinhos.
Serra do mar – é o conjunto de montanhas próximo ao litoral. Essas montanhas são formadas por rochas, e cobertas pela Mata Atlântica. O ponto mais alto do estado, o Pico do Paraná, fica na Serra do Órgão, e tem cerca de 1900 metros de altura.
Primeiro planalto ou planalto de Curitiba – é o mais alto (altitudes entre 1300 e 850 metros) e menor (em extensão) dos planaltos. O relevo é ondulado e a vegetação predominante é a Mata das Araucárias. A capital do estado, Curitiba, fica nessa região.
Segundo planalto ou planalto de Ponta Grossa – as altitudes variam entre 1200 e 300 metros. O relevo é ondulado e a vegetação é composta por Araucárias e campos. As principais cidades da região são Ponta Grossa e São Mateus do Sul.
Terceiro planalto ou planalto de Guarapuava – é o maior dos planaltos em extensão. As altitudes variam entre 1200 e 900 metros. Nessa área a vegetação original (Floreta Tropical e Mata das Araucárias) quase não existe mais. Em seu lugar são encontradas plantações e pastos. As principais cidades são Maringá, Foz do Iguaçu e Guarapuava.
A maior parte do estado tem um clima subtropical úmido, a exceção do litoral, onde o clima é tropical úmido. Os verões são brandos e as geadas são freqüentes nos invernos do primeiro, segundo e parte do terceiro planalto. No Vale da Ribeira, na Serra do Mar, ao norte, oeste e sudoeste do estado os verões são quentes, e nos invernos, as geadas são raras.
A hidrografia do Paraná pode ser dividida em duas bacias: a Bacia do Rio Paraná e a Bacia do Atlântico. Dessas, a maior é a Bacia do Rio Paraná, que se destaca pelo seu grande potencial energético.